7.4.15

one in a million

já passou 1 mês, só passou 1 mês? 
tanta falta desse saber secular, desses braços abertos “meu amor”. a vontade sempre de chegar ao outro, ajudar o próximo, conversar, conhecer.
algo que nunca se esgota: a partilha. e esta podia ser de tudo e nada. o que tens cozinhado, lido, sonhado. silêncios a duas, 
o dia em que fomos à praia que me ficou a expressão “está um mar raro” ficou guardada com tantas outras que refletem o olhar atento à natureza, às camélias e o pássaro que cantava sempre na sala.
os livros, tão importantes, fundamentais para o inconsciente trabalhar. inconscientes comunicantes, refletidos nos telefonemas.
"anda me ver, vem cá mais" – sempre essa vontade de estar. 
o ser humano tem um universo lá dentro e a cada pessoa o renovar dessa certeza.

tão pequena, tão frágil, tão forte, enorme.

as conversas invariavelmente incluíam a luisinha, bisneta querida, pura magia.
"com o teu pai não preciso de falar, entendemo-nos muito bem". no fundo ambos tao fáceis de ler, ainda que separados por três décadas.
aprendi tanto, ficou tanto por aprender. 
a perspicácia, a inteligencia, o humor, mas acima de tudo o afecto: quanto mais dava mais tinha para dar.
a Sophia, o devolver da avó Ignez – amigas improváveis.
a certeza de que há pessoas que estarão para sempre connosco.

podia continuar com um número de episódios sem fim… mais importante é agradecer o privilégio destes 94 anos. tão bom, único, especial, 
obrigada por tanto, obrigada por tudo.

mermaid wishes