shouting wishes
1 mês de desbloqueio emocional
sou ainda eu cá dentro não há varinha de condão, mas sinto que foi um ponto sem retorno
de repente uma liberdade e segurança que não me conhecia. tanto tempo com medo, na sombra, a sentir-me menos. agora um peso que sai de cima como se me aparecessem todos os caminhos, sem estar condicionada. não quer dizer que tudo seja fácil e feliz, ainda no domingo vieram as nuvens e fiquei só, como se estivesse num deserto
a diferença é que deixei de ter pena de mim, aceitação, integração, sinto-me una e única
nos últimos tempos tenho perdido bastante tempo a pensar. em tudo e em nada. tenho perdido tempo para me perder em mim, imaginar histórias e compreender enredos. num caminho de luz e trevas revi a minha vida presente. vivi e deixei a vida viver-se por mim. estive sem alma presente mas também estive por inteiro. sei o que me fez andar na escuridão e compreendo agora que me faziam falta esses buracos negros, na mesma medida que preciso daqueles que me chegam agora cheios de luz, visível a qualquer olho mais distraído.
foi uma conjugação de factores mas a alavanca foi a tua provocação leitura sistémica que tornou o abalo e a desestruturação em insight fizeste-me entrar no processo implicar-me nas coisas “não te quero ver sofrer, mas já chega de águas paradas, é preciso começar a viver”
é curioso como o ódio e a irritação em relação ao passado se foram e deram lugar a alguma indiferença
é como se houvesse uma nova luz sobre as coisas e apetece-me espalhar ao mundo a mensagem
estou mais solta parece que me assumi e é engraçado que várias pessoas tem comentado que estou diferente fisicamente
o mais importante é que não desisti, não quis desistir de mim. sinto pela primeira vez a minha identidade forte e auto-confiante, faz-me compreender que tenho em mim todos os sonhos, e com estes, todas as capacidades.
primeiro é a grande explosão onde se liberta o maior, mas não quer dizer o mais importante ou intenso pequenas grandes réplicas se seguem
a constante agonia com o sentido da vida, o porquê, para onde vamos e afinal tão simples como dizia o torga:
- a vida não tem sentido...
- ela, em si, não... - respondi. - mas tem o sentido que lhe damos. tem a nossa riqueza, o nosso entusiasmo, o nosso orgulho... ou a nossa covardia.
(miguel torga - diário XII)
perdi o medo de mim, um dia descobri que sou eu capaz de transformar os nós em laços, desatá-los. sinto-me a viver bolinhas de sabão, transformar a crise e a adversidade em crescimento
2 wish/es:
porque e' bom! :-)
A vida não tem sentido em si mas o sentido que lhe damos. Digo essa frase sempre que me ocorre pensar na "vida"
Enviar um comentário