spooky
sempre achei que tinha uma espécie de radar, algo que os fizesse saber.
no colégio era o zé manel que cheirava a papel, o sobrinho da julieta do portão, não me perguntem porque, mas eu bem fugia dele e não havia nada que o demovesse.
no colégio era o zé manel que cheirava a papel, o sobrinho da julieta do portão, não me perguntem porque, mas eu bem fugia dele e não havia nada que o demovesse.
logo a seguir foi o cláudio (o nome diz tudo) aquele vizinho que me deu um beijo na garagem.
consigo também lembrar-me do daniel 'bola sete' - gordinho e usava óculos (é um facto, as crianças são cruéis) dava-me aqueles peluches fluorescentes horrendos, além das rosas ocasionais.
depois apareceu o carlos, que parecia um cientista louco (coitado) perseguia-me até casa, deixava-me rosas no portão, telefonemas anónimos daqueles spooky à noite em que só se ouvia a respiração antes do 'click' a desligar, esse sim talvez tenha sido o mais assustador imagine-se com 13 anos a dizer à turma que estava com ideias suicidas por minha causa e eu cheia de medo, com o seu cerco nas incursões a minha casa, lá fui induzida a ir falar com ele que para meu espanto me disse “odeio-te”!
depois apareceu o carlos, que parecia um cientista louco (coitado) perseguia-me até casa, deixava-me rosas no portão, telefonemas anónimos daqueles spooky à noite em que só se ouvia a respiração antes do 'click' a desligar, esse sim talvez tenha sido o mais assustador imagine-se com 13 anos a dizer à turma que estava com ideias suicidas por minha causa e eu cheia de medo, com o seu cerco nas incursões a minha casa, lá fui induzida a ir falar com ele que para meu espanto me disse “odeio-te”!
mais tarde foram as cartas anónimas recebidas semanalmente para decifrar uma letra que me levaria à solução, essa descobri-a mesmo antes de acabar o desafio era o nuno um vizinho com quem tinha tido um flirt anos antes na escola e que escrevia frases “anónimas” nas mesas das salas de aula, mais uma vez não muito abonatórias acerca da minha pessoa..
como é possível quase me ia esquecendo do fernando, minha nossa que figura, viu me na homenagem que fizeram ao meu avô na camara da maia e arranjou maneira de saber o meu nome e número de telemóvel (até hoje não faço ideia como nem por quem), enviou-me um ramo de rosas em que o número das mesmas coincidia com o tal dia em que me viu, uns dias a seguir um outro ramo com o número de rosas correspondente a minha idade. até há dois anos atrás ainda me ligava religiosamente à meia noite para me dar os parabéns, de confidencial como sempre. houve uma fase também bastante assustadora, sabia as minhas notas na faculdade, informações sobre os meus pais e chegou-me mesmo a "perseguir" nas saídas à noite.
enfim: that's all folks
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